A formação na pós-graduação tem, entre outras finalidades, o cultivo e alimentação de habilidades de indivíduos e a preparação de talentos para agir em sociedade. A ainda curta trajetória do PPGDS tem demonstrado que egressos abriram caminhos em meio a sociedade para interferir em processos de elaboração de políticas públicas e em instâncias decisórias em várias dimensões da municipal à nacional para falar apenas das esferas públicas. Fossem as pessoas já estabelecidas profissionalmente, previamente ao ingresso ou tenham elas obtido postos de trabalho posteriormente, são vários os casos em que assumiram posições, em particular, na educação básica e no ensino médio, mas também no superior, que lhes permite fazer intervenções diretas em processos pedagógicos.

Além desse aspecto que envolve diretamente os egressos, é o PPGDS um caso de sucesso no acolhimento de perfis diversos étnica e racialmente dentre os candidatos selecionados, uma face dos avanços das políticas públicas no Brasil e que a academia é responsável por honrar. Em seus editais, aperfeiçoados ano a ano desde 2019, O PPGDS prevê vagas para pretos e pardos afrodescentes, indígenas, representantes de populações tradicionais, e, mais recentemente, pessoas com deficiência e pessoas trans. As reservas de vaga são coerentes com a legislação nacional, mas, sobretudo, com a proposta original de curso que carrega em seu nome o conceito de diversidade sociocultural.

Outras iniciativas vêm de uma tradição de ativismo associado à formação acadêmica com atuações na defesa de direitos indígenas e de populações tradicionais, na discussão de questões socioambientais, de preservação da cultura ancestral, da cultura urbana e da educação, entre outros. Egressos, já experientes, trouxeram sua contribuição ao PPGDS e às suas pesquisas e, também, em razão da formação no Museu Goeldi, passaram a atuar ou incrementaram a agência nesses campos.